FENOMENOLOGIA E EXISTENCIALISMO - 3-6/dez


FENOMENOLOGIA E EXISTENCIALISMO - 3-6/dez

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  • 03/dez - Husserl e Sartre - Fenomenologia e Existencialismo
  • 04/dez - Foucault e o Panóptico
  • 05/dez - Baumann e o Mundo Líquido / Darwin-Dawkins Evolucionismo genético
  • 06/dez - Filosofia Contemporânea - AVALIAÇÃO Unidade II/3

“Toda a consciência é consciência de algo”, 

Edmund Husserl

O filósofo, astrônomo e matemático Edmund Husserl queria encontrar a certeza. Inspirado em Descartes, buscava libertar a filosofia da dúvida. 

Então, fundou a fenomenologia, abordagem que propunha olhar para as nossas experiências com uma postura científica. Segundo esse método, tudo o que é real é fenômeno — e aí está a essência das coisas. 

Diferentemente de Kant, que aceitava a existência de uma verdade incompreensível, Husserl não acreditava em uma realidade inacessível. Há somente o fenômeno ou a essência, que é a maneira como compreendemos as coisas materiais ou imateriais. 

A abordagem marcou a história da filosofia porque ofereceu um modo de pensar todos os tipos de realidade.
A meta ideal da Filosofia continua sendo puramente a concepção do mundo, que precisamente, em virtude de sua essência, não é ciência. A ciência não é nada mais ... Frase de Edmund Husserl.

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“O inferno são os outros”, Sartre



Estamos condenados a ser livres. Essa é a sentença de Sartre para a humanidade. 
O filósofo e escritor francês, ao lado do argelino Albert Camus, foi um dos maiores representantes do existencialismo, corrente filosófica que nasceu com Kierkegaard e reflete sobre o sentido que o homem dá à própria vida. Para Sartre, a existência do ser humano vem antes da sua essência. 
Ou seja, não nascemos com uma função pré-definida, como uma tesoura, que foi feita para cortar, por exemplo.
Segundo o filósofo, antes de tomar qualquer decisão, não somos nada. Vamos nos moldando a partir das nossas escolhas. Toda essa liberdade resulta em muita angústia. Essa angústia é ainda maior quando percebemos que nossas ações são um espelho para a sociedade. 
Nunca se é homem enquanto se não encontra alguma coisa pela qual se estaria disposto a morrer.... Frase de Jean-Paul Sartre.Estamos constantemente pintando um quadro de como deveria ser a sociedade a partir das nossas ações — o curioso é que o próprio Sartre era viciado em anfetaminas, ou seja, não foi exatamente um exemplo de conduta. Defendia que temos inteira liberdade para decidir o que queremos nos tornar ou fazer com nossa vida. A má-fé seria mentir para si mesmo, tentando nos convencer de que não somos livres. 
O problema é que nossos projetos pessoais entram em conflito com o projeto de vida dos outros. Eles, os outros, tiram parte de nossa autonomia. Por isso, temos de refletir sobre nossas escolhas para não sair por aí agindo sem rumo, deixando de realizar as coisas que vão definir a existência de cada um. 
Ao mesmo tempo, é pelo olhar do outro que reconhecemos a nós mesmos, com erros e acertos. Já que a convivência expõe nossas fraquezas, os outros são o “inferno” — daí a origem da célebre frase do pensador francês.
Em uma França devastada após o final da 2ª Guerra, liberdade não era exatamente a palavra do momento. Mas as ideias de Sartre inspiraram toda uma geração de ativistas, como os revolucionários de Paris em maio de 1968, que ajudaram a derrubar o governo conservador francês. O filósofo ficou conhecido também pela sua relação com Simone de Beauvoir, outra ilustre filósofa existencialista. 
Ela foi sua companheira de toda a vida, apesar de nunca terem firmado um compromisso. Sartre morreu como um filósofo pop. Em 15 de abril de 1980, mais de 50 mil pessoas foram ao seu funeral.


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“O homem é uma invenção recente”, Foucault


Inquieto e curioso em relação à existência, Michel Foucault frustrou uma família de médicos ao enveredar pelo caminho da filosofia e da psicologia. Nenhum desses títulos, porém, o satisfazia. 
Preferia ser definido como arqueólogo, por sua dedicação a reconstituir o que de mais profundo existe em uma cultura.

Inspirado no pensamento de Nietzsche, desenvolveu um método que coloca em cheque a compreensão linear da história. 
Para ele, a verdade histórica não é uma sequência rigorosa de causa e efeito facilmente compreensível em qualquer época, mas, sim, o resultado de um confronto entre forças antagônicas que fazem sentido em determinado tempo. Seu objetivo era compreender como antigos fenômenos podem ser reconstituídos da forma como foram vividos. 
Como é possível, em suas palavras, fazer uma “história do presente”? Por exemplo, a Lei Seca instituída nos EUA, em 1919, pode ser vista hoje como uma maluquice dos legisladores americanos, mas quem investigar a mentalidade do início do século 20 e os conflitos provocados pelo álcool vai entender melhor por que uma decisão tão radical foi tomada.
O pensador estava mais preocupado no modo como nosso discurso — isto é, como falamos e pensamos o mundo — é condicionado por regras, muitas vezes inconscientes, fixadas pelas condições históricas do momento. Essas regras mudam — daí viria a necessidade de se fazer uma “arqueologia” para desvendar como era no tempo antigo. 
Para Foucault, era errado supor que podemos falar de “homem” da mesma maneira como na Antiguidade. Segundo o pensador, o homem como objeto de estudo, por exemplo, surgiu no início do século 19 — o que explica sua célebre frase acima. 
Todo sistema de educação é uma maneira política de manter ou de modificar a apropriação dos discursos, com os saberes e os poderes que eles trazem consigo.... Frase de Michel Foucault.Seu estudo que desvenda as formas de exercício de poder na sociedade também é notório. Foucault acreditava que a compreensão do que somos, pensamos e fazemos abre uma possibilidade de ser, pensar e fazer de outra forma.
Essa é a grande contribuição para a filosofia do trio rebelde, como ficaram conhecidos Foucault, Derrida e Deleuze, seus dois colegas franceses também badalados depois dos anos 60. Consagrado, Foucault foi convidado a lecionar no prestigiado Collège de France. 
O discurso não é simplesmente aquilo que traduz as lutas ou os sistemas de dominação, mas aquilo porque, pelo que se luta, o poder do qual nos queremos apoderar... Frase de Michel Foucault.
Morreu aos 57 anos, em 1984, no ápice da sua produção intelectual. Deixou inacabada a sua História da Sexualidade, seu livro mais ambicioso, no qual pretendia mostrar como, por meio da expressão e não da repressão, a sociedade ocidental faz do sexo um instrumento de poder.



Pós-Guerra e Filosofia



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“Nada é feito para durar”, Bauman



Zygmunt Bauman é sociólogo por formação, mas sua obra mais contundente faz uma crítica filosófica profunda da modernidade. 
Cunhou o conceito “modernidade líquida” para explicar como nada hoje em dia é feito para durar, do amor à profissão, tudo é líquido, muda de forma muito rapidamente e sob pouca pressão. 
Vivemos tempos líquidos. Nada é para durar.... Frase de Zygmunt Bauman.
Dessa instabilidade permanente, nasce uma angústia do homem diante do futuro e do progresso — e isso explica o boom do consumo de antidepressivos, anabolizantes e toda a ordem de entretenimento que ajude a afastar essa sensação. 
Modernidade Líquida é apenas uma das 40 obras (sendo 16 delas traduzidas para o português) do pensador, que é professor emérito da Universidade de Leeds, na Inglaterra.
Na era da informação, a invisibilidade é equivalente à morte.... Frase de Zygmunt Bauman.
O PAI DO PÓS
Em 1979, o pensador francês Jean-François Lyotard lançou o livro A Condição Pós-Moderna, cujo principal mérito foi colocar a expressão pós-modernidade no vocabulário intelectual e popular. 
O que aprendemos com a amarga experiência é que essa situação de ter sido abandonado à própria sorte, sem ter com quem contar quando necessário, quem nos consol... Frase de Zygmunt Bauman.O conceito tem zilhões de definições, mas pode ser resumido como essa nova fase da humanidade em que a busca pelo progresso terminou, e os indivíduos estão livres para criar tudo novo (tudo mesmo), sem as amarras das forças do passado, como o capitalismo.









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